
PLANTAS

Babosa
Nome científico: Aloe vera (L.) Burm.f.
Família: Asphodelaceae
Origem: planta exótica (Oriente Médio)
Parte usada: folhas
Usos populares: cicatrização de feridas e queimaduras; hidratação capilar
Composição química: derivados antracênicos (aloínas A e B), mucilagem (gel transparente)
Foto: Emma Crawforth - https://powo.science.kew.org
Farmacologia:
A babosa se caracteriza por ser uma planta herbácea e perene, que se desenvolve facilmente em diferentes tipos de solo, visto que não exige uma grande quantidade de água. Suas folhas têm tonalidade verde, de grossa espessura e internamente são suculentas, medindo de 30 até 60 centímetros.
Os egípcios utilizavam a babosa como planta capaz de permitir a imortalidade e beleza, sendo historicamente relatado o seu suposto uso por rainhas como Nefertiti e Cleópatra. Em relação as suas propriedades farmacológicas, a babosa se destaca principalmente pelo seu potencial cicatrizante de feridas e queimaduras. A cicatrização, mais especificamente, trata-se de um processo que permite a regeneração de determinado tecido que foi lesionado por agentes químicos, físicos e/ou biológicos. Este processo consiste em três fases distintas: fase inflamatória, fase proliferativa e fase de maturação. A babosa atua principalmente na fase proliferativa; é perceptível que o uso da mucilagem (gel transparente) que está presente na parte interna de suas folhas é capaz de provocar o estímulo da produção de fibroblastos e o aumento da síntese de colágeno.
Quimicamente, as mucilagens são polímeros biodegradáveis e se encaixam no grupo dos polissacarídeos heterogêneos. Devido às suas propriedades de retenção de água e formação de gel, as mucilagens têm ampla aplicação nas indústrias alimentícia e farmacêutica. Para uso como cicatrizante, deve cortar a folha e deixar o látex amarelado escorrer por completo, remover a parte verde externa da folha e aplicar apenas o gel transparente sobre as feridas, que não devem conter sangramentos.
As propriedades terapêuticas incluem atividade laxante e protetora das mucosas, sendo utilizada para tratar inflamações e irritações locais, tosse, úlceras, queimaduras e feridas. A ação purgativa é muito forte e por isso a babosa não é usada como laxante. As substâncias laxativas (aloínas A e B, derivados antracênicos) estão presentes no látex amarelo que exsuda da folha logo após o corte.