Este site pertence a Leopoldo C. Baratto, fundador e coordenador do PlantaCiência. 2019.
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PLANTAS

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Babosa

Nome científico: Aloe vera (L.) Burm.f.

Família: Asphodelaceae

Origem: planta exótica (Oriente Médio)

Parte usada: folhas

Usos populares: cicatrização de feridas e queimaduras; hidratação capilar

Composição química: derivados antracênicos (aloínas A e B), mucilagem (gel transparente)

Foto: Emma Crawforth - https://powo.science.kew.org

Farmacologia:
 

     A babosa se caracteriza por ser uma planta herbácea e perene, que se desenvolve facilmente em diferentes tipos de solo, visto que não exige uma grande quantidade de água. Suas folhas têm tonalidade verde, de grossa espessura e internamente são suculentas, medindo de 30 até 60 centímetros.

   Os egípcios utilizavam a babosa como planta capaz de permitir a imortalidade e beleza, sendo historicamente relatado o seu suposto uso por rainhas como Nefertiti e Cleópatra. Em relação as suas propriedades farmacológicas, a babosa se destaca principalmente pelo seu potencial cicatrizante de feridas e queimaduras. A cicatrização, mais especificamente, trata-se de um processo que permite a regeneração de determinado tecido que foi lesionado por agentes químicos, físicos e/ou biológicos. Este processo consiste em três fases distintas: fase inflamatória, fase proliferativa e fase de maturação. A babosa atua principalmente na fase proliferativa; é perceptível que o uso da mucilagem (gel transparente) que está presente na parte interna de suas folhas é capaz de provocar o estímulo da produção de fibroblastos e o aumento da síntese de colágeno.

    Quimicamente, as mucilagens são polímeros biodegradáveis e se encaixam no grupo dos polissacarídeos heterogêneos. Devido às suas propriedades de retenção de água e formação de gel, as mucilagens têm ampla aplicação nas indústrias alimentícia e farmacêutica. Para uso como cicatrizante, deve cortar a folha e deixar o látex amarelado escorrer por completo, remover a parte verde externa da folha e aplicar apenas o gel transparente sobre as feridas, que não devem conter sangramentos.

   As propriedades terapêuticas incluem atividade laxante e protetora das mucosas, sendo utilizada para tratar inflamações e irritações locais, tosse, úlceras, queimaduras e feridas. A ação purgativa é muito forte e por isso a babosa não é usada como laxante. As substâncias laxativas (aloínas A e B, derivados antracênicos) estão presentes no látex amarelo que exsuda da folha logo após o corte.

Fontes para consulta:

Andrade Júnior, F.P., Aciole, I.H.M., Souza, A.K.O., Alves, T.W.B., Souza, J.B.P. 2020. Uso de babosa (Aloe vera L.) como pró-cicatrizante em diferentes formas farmacêuticas: uma revisão integrativa. Rev. Ciênc. Méd. Biol., v. 19, n. 2, p. 347-352.
 

Klein AD, Penneys NS. Aloe vera. J Am Acad Dermatol. 1988; 18 (4 Pt 1):714-20. doi: 10.1016/s0190-9622(88)70095-x. Erratum in: J Am Acad Dermatol 1988;19 (1 Pt 1):82.

*Autora deste texto: Maria Luiza S. Rocha (com revisão de Leopoldo C. Baratto).

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