Este site pertence a Leopoldo C. Baratto, fundador e coordenador do PlantaCiência. 2019. História e pandemia: lições de um passado que se repete
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História e pandemia: lições de um passado que se repete

A pandemia causada pelo coronavírus, que já provocou mais de cinco mil mortes, apenas no Brasil, não é a primeira a assolar a humanidade. Um olhar sobre o passado revela que as epidemias ocorrem em um movimento cíclico, deixando marcas recorrentes na trajetória da civilização. “Antes do coronavírus, a pandemia mais abrangente e grave foi a Gripe Espanhola, de 1918, causada pelo vírus Influenza. Estima-se que pelo menos 50 milhões de pessoas morreram no mundo. Mas muitas outras epidemias são relatadas ao longo da história, como a Praga de Atenas, na Grécia, de 430 a. C, associada à febre tifoide; a Peste Negra, que dizimou entre um terço e metade da população da Europa Ocidental durante a Idade Média, causada pela peste bubônica, transmitida pela pulga dos ratos; a varíola, com relatos de casos desde a época do Antigo Egito, tendo em vista que múmias, como a de Ramsés V, de 1157 a.C, apresentam sinais típicos de varíola; e a cólera, entre tantas outras”, contextualizou o professor Luiz Antonio Teixeira, que é pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).


O historiador lembrou um fato interessante sobre como a sociedade brasileira lidou com a Gripe Espanhola, e que se repete, de certa forma, no contexto da atual pandemia de coronavírus: a disseminação de informações equivocadas, sem comprovação científica, sobre possibilidades de tratamento e remédios. Santos ressaltou que crendices populares eram noticiadas como se tivessem poder de cura, na imprensa da época. “Nos jornais daquele período, há diversos anúncios de produtos como xaropes e purgantes que supostamente combateriam a Gripe Espanhola. Havia ainda a crença de que alimentos como ovo e galinha, especialmente quando preparados em forma de canja, seria eficazes contra a doença. Esses alimentos até sofreram aumento de preço nos mercados, pela alta demanda. Hoje, nós vemos algumas autoridades recomendando uso de medicamentos de eficácia não comprovada ainda pela ciência para o tratamento da Covid-19”, comparou.

Exemplar do jornal Gazeta de Notícias, de 1918: sentimento de insegurança diante da epidemia de Gripe Espanhola.

Clique aqui para ler a reportagem na íntegra.

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