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Pesquisa descobre por que árvores Ginkgo biloba são "imortais"

  • Foto do escritor: plantaciencia
    plantaciencia
  • 17 de jan. de 2020
  • 2 min de leitura

A árvore Ginkgo biloba, natural da China, foi "descoberta" em 1690 pelo médico alemão Engelbert Kaempfer. Mas ela só despertou o interesse de outros pesquisadores após a Segunda Guerra Mundial, porque sobreviveu à radiação de Hiroshima e Nagasaki.

Depois de alguns estudos, cientistas constataram que a árvore existe desde o tempo dos dinossauros, 200 milhões de anos atrás, e por isso pode ser considerada um fóssil vivo. Mesmo assim, permaneceu o mistério: como a espécie conseguiu sobreviver por tanto tempo?

Parece que estamos perto de uma resposta graças a um novo estudo na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

O professor Richard Dixon, da Universidade do Norte do Texas, nos Estados Unidos, coletou amostras de árvores Ginkgo Biloba com idades entre 15 e 667 anos e observou que elas mudaram pouco entre os séculos 1 e 7: a área foliar, a eficiência fotossintética e as taxas de germinação das sementes não foram alteradas pelo tempo.

Já ao analisar os anéis de crescimento, presentes no tronco da árvore, Li Wang, biólogo molecular de plantas da Universidade de Yangzhou, na China, junto a outros outros pesquisadores, descobriu que o crescimento dessa espécie não diminuiu após centenas de anos – na verdade, elas passaram a crescer até mais rápido em alguns momentos dos últimos séculos.

Para desvendar mecanismos genéticos, o time de pesquisadores comparou a expressão gênica nas folhas e no câmbio, uma fina camada de células-tronco entre a madeira interna e a casca externa. Como era de se esperar, os resultados mostraram que genes associados à senescência aumentaram nas folhas que morrem. Porém quando os pesquisadores examinaram a expressão desses mesmos genes no câmbio, eles não encontraram diferença entre árvores jovens e velhas. Isso sugere que, embora órgãos como folhas pereçam, é improvável que as próprias árvores morram com a velhice.

Os pesquisadores também examinaram genes relacionados à resistência a patógenos e à produção de compostos antimicrobianos protetores chamados flavonoides, e não encontraram diferenças na expressão gênica para árvores de diferentes idades, sugerindo que elas não perdem sua capacidade de se defender contra eventuais ameaças ao longo dos anos. Sendo assim, os experts constataram que a maioria das Ginkgo Biloba morrem por "acidentes" como pragas ou grandes secas.


A espécie é considerada um fóssil vivo: existe há 200 milhões de anos e sobreviveu à radiação de explosões atômicas no Japão.

Clique aqui para ler a reportagem na íntegra.

 
 
 

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