Sene
Nome:
Sene
Nome científico:
Senna alexandrina Mill.
Família:
Fabaceae
Origem:
planta exótica (África, Oriente Médio e Sudoeste
Partes usadas:
folíolos e frutos
Usos populares:
laxante
Composição química:
derivados antracênicos (diantronas senosídeos)
Farmacologia
Os senosídeos, principalmente os senosídeos A e B, ao alcançarem o intestino grosso, têm suas moléculas de açúcar hidrolisadas pelas bactérias, originando as senidinas. Em seguidas ocorre a quebra das senidinas em duas antronas, as quais causam o efeito laxante. Eles estimulam o peristaltismo (movimentos musculares dos órgãos ocos, que auxiliam a digestão e a evacuação). É indicado na constipação por inércia intestinal e em condições que exigem facilidade de defecação.
O efeito do sene é obtido entre 8 e 10 horas após a sua administração oral, pois ocorre a liberação dos senosídeos no intestino grosso. Neste local, pela ação enzimática da flora bacteriana, ocorrerá hidrólise, com consequente liberação das agliconas. Estas que atuarão sobre a mucosa, aumentando o peristaltismo. O uso prolongado ou excessivo do sene pode provocar diarréia com espoliação de potássio e diminuição na concentração de globulinas séricas, o que a longo prazo pode causar nefrite, colite ou constipação paradoxal. É contraindicado em pessoas com obstrução intestinal, apendicite, abdômen agudo, hipocalemia, enterite, e também em crianças menores de 10 anos.
Fontes
Andrade Júnior, F.P., Aciole, I.H.M., Souza, A.K.O., Alves, T.W.B., Souza, J.B.P. 2020. Uso de babosa (Aloe vera L.) como pró-cicatrizante em diferentes formas farmacêuticas: uma revisão integrativa. Rev. Ciênc. Méd. Biol., v. 19, n. 2, p. 347-352.
Klein AD, Penneys NS. Aloe vera. J Am Acad Dermatol. 1988; 18 (4 Pt 1):714-20. doi: 10.1016/s0190-9622(88)70095-x. Erratum in: J Am Acad Dermatol 1988;19 (1 Pt 1):82.
Maria Luiza S. Rocha (com revisão de Leopoldo C. Baratto)